Atividade 5 – Competências

Ao priorizar os currículos conteudistas, estamos colocando as disciplinas/matérias em destaque, portanto transferir os assuntos atinentes a estes conteúdos para os alunos é o que determina seu objetivo, porém em uma sociedade cada vez mais dinâmica onde os alunos estão cada vez mais dispersos em seus mundos permeados de tecnologias, devemos estabelecer uma sintonia fina entre os conteúdos e as competências, pois não obstante a importância dos conteúdos é necessário a abordagem adequada, uma vez que competências são pessoas e neste sentido, uma deve tensionar a outra objetivando um resultado progressivo de caráter evolutivo e libertário.

Não basta conhecer uma determinada disciplina é necessário criar-se um âmbito que priorize a mobilidade, para a extrapolação deste âmbito, dado que ficar ancorado no conhecimento sem dar mobilidade ao mesmo demonstra incompetência.

Portanto, desenvolver as competências, significa saber fazer a leitura do Mundo, buscando a expressão da individualidade e a compreensão do outro, apreendendo dos conteúdos sua essência, mas atuando na pessoa, pois neste movimento que avança para além do conteúdo, que são os meios, se buscará atingir um fim maior que é o desenvolvimento de um Ser Humano mais crítico e capaz de interpretar uma nova dimensão de vida.

Na jornada da Educação, como já manifestamos anteriormente, achamos que esta abordagem ficou a dever, e agora que estamos entrando em contato com a mesma fica ainda mais evidente. De fato, os palestrantes poderiam dar maior ênfase ao relacionamento entre estes dois tipos de currículos,  estabelecendo modelos de sucesso e de que forma foram implementados.

A professora Erin, teve a sensibilidade de abordar esta questão, ao introduzir no currículo de seu conteúdo (Língua e Literatura), um livro que pudesse atingir a realidade de vida de seus alunos, escolhendo o Diário de Anne Frank como modelo de conteúdo a ser aplicado, os alunos receberam diários onde poderiam, ao seu gosto e de acordo com sua vontade, escrever sobre suas rotinas, este casamento entre conteúdo e competência, criou o âmbito necessário para a extrapolação dos fatos existentes. Diante de uma realidade caótica, foi aberta uma nova leitura de mundo, possibilitando aos jovens alunos, verificarem que havia mais em comum entre eles do que diferenças e que o Mundo é repleto de situações que se parecem com as deles e no entanto, dependendo da forma como se encara, os resultados podem ser diferentes, criando uma zona de esperança e mobilidade.

A Professora diante das dificuldades encontradas no sistema engessado, adaptou e criou, neste sentido extrapolou e fez extrapolar, o âmbito foi criado entre ela e seus alunos, nesta relação ambos cresceram e aprenderam, isto demonstra que todos somos alunos diante da grande escola da vida, o status quo não pode ser um obstáculo entre o Homem e o conhecimento.

Para que esta realidade possa ter escala e atingir expressão relevante, o que não parece ocorrer atualmente, salvo casos isolados, será necessário a criação de uma nova mentalidade entre os educadores, uma nova fornada capaz de utilizar conteúdos com a dinâmica necessária para atingir as mentes e os corações de uma humanidade desesperada e perdida.

Estes são os desafios do porvir, se você é candidato a este cenário de enfrentamentos, dispa-se dos preconceitos e ajuste sua sintonia com estas almas em busca de liberdade. 

“Os que estão na dianteira, devem estender as mãos aos da retaguarda”.