Confesso que fora a brilhante
abertura da rodada, à cargo do Prof.
Mestre Fábio Maimone, que com aprimorada hermenêutica, expôs sua visão
sobre a questão da Educação de forma sintetizada, porém precisa, as demais participações dos membros
da mesa, não obstante corretas, foram simplórias, de um conteúdo, que uma pessoa minimamente
informada, pelos jornais escritos, revistas, telejornais e fontes acessíveis de
informação é capaz de acompanhar, com pouco entusiasmo, pois os dados apontados
são corriqueiros em nossa sociedade.
Falar da pouca valorização que
se dá ao profissional da educação, da forma utilitarista que se encaminham os
processos educativos, com seu viés de concepção mercadológica, da presença cada
vez mais expressiva da internet como meio de busca por uma informação nem
sempre aferida e que muitas vezes, simplificada ou banalizada, deteriora o
conhecimento, ao invés de aperfeiçoa-lo, redunda nas mesmas chagas tantas vezes
expostas e ainda tão carentes de remédio eficaz.
Aguardei
o desfile de casos de sucesso, que naturalmente devem
existir e que trariam um ar de esperança, para aqueles que desejam ingressar
neste oceano de marés revoltosas. Claro,
sabemos que no ambiente da Educação, são muitas as oposições que se
manifestam buscando imprimir um clima de
confusão, que dispersa ao invés de criar corpo, fruto de um descaso e
desinteresse bem arquitetado, por aqueles que querem continuar tendo as pessoas
sob seu cabresto, aprisionados em seus mundos tolhidos, cegos diante deste
mundo de pressa e medo.
Mas e os Mestres, Doutores e
especialistas da Educação, com suas carreiras longevas e expressivas, o que
podem nos dizer, além das falas macetadas e clichês, que inundam nossas vidas,
como querendo nos advertir, que a maré não está para peixe, pergunto: Quando
esteve?
Quando o assunto é educação,
me parece que os desafios sempre foram titânicos, se o projeto é para libertar
consciências e criar um clima de espanto e admiração para a produção de uma
humanidade, mais crítica, então a coisa fica ainda mais tensa, afinal, a quem
interessa? Sim nadar contra a correnteza é o papel do educador, que antes de
mais nada deve ser generoso em relação ao outro, pois este é o fio condutor
capaz de iluminar o espaço sombrio que sempre orbitou sobre a liberdade.
Sim, as famílias sofreram uma
grande transformação nas últimas gerações, a globalização exerce poderosos
efeitos na humanidade, as tecnologias da informação e as mídias sociais
fenômenos recentes, cobram atenção e cuidado, mas e daí! estas são exatamente as
questões que devemos enfrentar, são o nosso bem aventurado CAOS, se
apresentando cobrando reflexão e ação em busca de novas soluções, um mundo novo
requer novas medidas, este abacaxi deve
ser descascado por nós, que nos apresentamos para o serviço.
A esperança é um germe que
habita a natureza humana, viver sem ela é como estar morto.
Conclamo aos educadores da
UNISANTOS, que exponham nos corredores de nossos edifícios, casos bem
sucedidos, onde a educação pode fluir, impactando a vida como ela deve e merece
ser impactada, precisamos colorir nosso céu cinzento com a esperança, antes que
nossa visão fique tão turva, que acreditar deixe de ser uma oração e passe a
ser lamento.
Sem famílias estruturadas, com
a presença marcante das tecnologias de informação, com governos opressores ou
não, marchemos firmes, com coragem e acreditando, ou seremos um exército de
famintos lutando por migalhas.
1 e 2 - Idéias principais da Mesa Redonda/Palestra:
Utilitarismo, Fenômeno da
Informatização e mudanças tecnológicas, Formação de um Ser Crítico, Apatia
Social, Perda do contato com as gerações mais antigas, esvaziamento de cabeças.
3 – Aspectos em comum com as idéias discutidas
em sala de aula e também em outras disciplinas:
Todos os temas apresentados já foram abordados
em sala de aula.
4
– Críticas positivas e/ou negativas:
Apontadas no texto inicial
Concordamos com sua visão de que o profissional da educação muitas vezes não é valorizado - e quando é, é através de uma valoração de cunho mercadológico. Na verdade, parece haver uma desvalorização mútua – tanto do aluno quanto do professor, quem sabe exatamente por conta do aspecto de mercado que tomou a educação e de moeda de troca que toma o conhecimento. O professor, então, está num ponto intermediário entre o vendedor (que é aquele que promove o produto de tal instituição) e o comprador (o aluno). No final, cabem àqueles, realmente, que desejem algum tipo de mudança, trabalhar duro, esperando tornar diferentes, no futuro, as condições entre as quais nos encontramos.
ResponderExcluirGrupo 1
Iury Cascaes
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA educação é tão debatida e parece sem práticas que visem à mudança real do nosso cenário mais importante em sociedade.
ResponderExcluirComo dizem de um governo que só faz reunião: não trabalha, não muda nada; é isto que nos parece à educação, conferências, debates, mesas redondas, palestras e índices sem fim, que não demonstram e não mudam a situação.
Desde que entramos na faculdade muitas coisas foram colocadas na balança, tentado achar o maior problema a ser enfrentado na arte de educar, todos são gigantes a serem derrubados.
Claro que toda esta reflexão só nos faz acreditar mais que podemos mudar algo, nosso futuro e nosso presente é este, lutar pela educação, como vocês concluíram “... precisamos colorir nosso céu cinzento com a esperança, antes que nossa visão fique tão turva, que acreditar deixe de ser uma oração e passe a ser lamento.”, é o nosso desafio e o nosso temor, que a nossa força, nosso ideal e esperança não se acabem antes de ganharmos esta luta!
(Grupo 09)