sábado, 23 de maio de 2015

Considerações sobre a Mesa Redonda: Sociedade Contemporânea Educação e Comunicação – 7 Jornada da Educação 11/05/2015

Confesso que fora a brilhante abertura da rodada, à cargo do Prof.  Mestre Fábio Maimone, que com aprimorada hermenêutica, expôs sua visão sobre a questão da Educação de forma sintetizada, porém  precisa, as demais participações dos membros da mesa, não obstante corretas, foram simplórias,  de um conteúdo, que uma pessoa minimamente informada, pelos jornais escritos, revistas, telejornais e fontes acessíveis de informação é capaz de acompanhar, com pouco entusiasmo, pois os dados apontados são corriqueiros em nossa sociedade.
Falar da pouca valorização que se dá ao profissional da educação, da forma utilitarista que se encaminham os processos educativos, com seu viés de concepção mercadológica, da presença cada vez mais expressiva da internet como meio de busca por uma informação nem sempre aferida e que muitas vezes, simplificada ou banalizada, deteriora o conhecimento, ao invés de aperfeiçoa-lo, redunda nas mesmas chagas tantas vezes expostas e ainda tão carentes de remédio eficaz.
Aguardei o desfile de casos de sucesso, que naturalmente devem existir e que trariam um ar de esperança, para aqueles que desejam ingressar neste oceano de marés revoltosas. Claro,  sabemos que no ambiente da Educação, são muitas as oposições que se manifestam buscando imprimir um clima de  confusão, que dispersa ao invés de criar corpo, fruto de um descaso e desinteresse bem arquitetado, por aqueles que querem continuar tendo as pessoas sob seu cabresto, aprisionados em seus mundos tolhidos, cegos diante deste mundo de pressa e medo.
Mas e os Mestres, Doutores e especialistas da Educação, com suas carreiras longevas e expressivas, o que podem nos dizer, além das falas macetadas e clichês, que inundam nossas vidas, como querendo nos advertir, que a maré não está para peixe, pergunto: Quando esteve?
Quando o assunto é educação, me parece que os desafios sempre foram titânicos, se o projeto é para libertar consciências e criar um clima de espanto e admiração para a produção de uma humanidade, mais crítica, então a coisa fica ainda mais tensa, afinal, a quem interessa? Sim nadar contra a correnteza é o papel do educador, que antes de mais nada deve ser generoso em relação ao outro, pois este é o fio condutor capaz de iluminar o espaço sombrio que sempre orbitou sobre a liberdade.
Sim, as famílias sofreram uma grande transformação nas últimas gerações, a globalização exerce poderosos efeitos na humanidade, as tecnologias da informação e as mídias sociais fenômenos recentes, cobram atenção e cuidado, mas e daí! estas são exatamente as questões que devemos enfrentar, são o nosso bem aventurado CAOS, se apresentando cobrando reflexão e ação em busca de novas soluções, um mundo novo requer novas medidas,  este abacaxi deve ser descascado por nós, que nos apresentamos para o serviço.
A esperança é um germe que habita a natureza humana, viver sem ela é como estar morto.
Conclamo aos educadores da UNISANTOS, que exponham nos corredores de nossos edifícios, casos bem sucedidos, onde a educação pode fluir, impactando a vida como ela deve e merece ser impactada, precisamos colorir nosso céu cinzento com a esperança, antes que nossa visão fique tão turva, que acreditar deixe de ser uma oração e passe a ser lamento.
Sem famílias estruturadas, com a presença marcante das tecnologias de informação, com governos opressores ou não, marchemos firmes, com coragem e acreditando, ou seremos um exército de famintos lutando por migalhas.

 1 e 2 - Idéias principais da Mesa Redonda/Palestra:
Utilitarismo, Fenômeno da Informatização e mudanças tecnológicas, Formação de um Ser Crítico, Apatia Social, Perda do contato com as gerações mais antigas, esvaziamento de cabeças.
3Aspectos em comum com as idéias discutidas em sala de aula e também em outras disciplinas:
 Todos os temas apresentados já foram abordados em sala de aula.
4 – Críticas positivas e/ou negativas:

Apontadas no texto inicial

3 comentários:

  1. Concordamos com sua visão de que o profissional da educação muitas vezes não é valorizado - e quando é, é através de uma valoração de cunho mercadológico. Na verdade, parece haver uma desvalorização mútua – tanto do aluno quanto do professor, quem sabe exatamente por conta do aspecto de mercado que tomou a educação e de moeda de troca que toma o conhecimento. O professor, então, está num ponto intermediário entre o vendedor (que é aquele que promove o produto de tal instituição) e o comprador (o aluno). No final, cabem àqueles, realmente, que desejem algum tipo de mudança, trabalhar duro, esperando tornar diferentes, no futuro, as condições entre as quais nos encontramos.

    Grupo 1
    Iury Cascaes

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. A educação é tão debatida e parece sem práticas que visem à mudança real do nosso cenário mais importante em sociedade.
    Como dizem de um governo que só faz reunião: não trabalha, não muda nada; é isto que nos parece à educação, conferências, debates, mesas redondas, palestras e índices sem fim, que não demonstram e não mudam a situação.
    Desde que entramos na faculdade muitas coisas foram colocadas na balança, tentado achar o maior problema a ser enfrentado na arte de educar, todos são gigantes a serem derrubados.
    Claro que toda esta reflexão só nos faz acreditar mais que podemos mudar algo, nosso futuro e nosso presente é este, lutar pela educação, como vocês concluíram “... precisamos colorir nosso céu cinzento com a esperança, antes que nossa visão fique tão turva, que acreditar deixe de ser uma oração e passe a ser lamento.”, é o nosso desafio e o nosso temor, que a nossa força, nosso ideal e esperança não se acabem antes de ganharmos esta luta!
    (Grupo 09)

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